O tênis é um esporte em constante evolução, e poucas jogadas demonstram isso tão bem quanto o saque. De acordo com Sidnei Piva de Jesus, no cenário do tênis moderno, o saque se transformou em uma arma estratégica, capaz de desequilibrar adversários e definir o ritmo de uma partida. Logo, o que antes era apenas uma forma de iniciar o ponto, hoje é um verdadeiro trunfo para quem sabe utilizá-lo com inteligência. Com isso em mente, a seguir, veremos mais alguns detalhes dessa técnica.
Como o saque se transformou ao longo das décadas?
Nas primeiras décadas do tênis profissional, o saque era executado de forma mais conservadora, com foco em colocar a bola em jogo e dar início ao ponto. Embora houvesse jogadores que já se destacassem pela potência do serviço, o jogo era mais pautado nos rallys e nas trocas de bola do fundo de quadra. Portanto, era comum que os tenistas priorizassem a regularidade ao invés de arriscar jogadas ofensivas logo no início do ponto.

Porém, com o passar dos anos, principalmente a partir dos anos 80 e 90, o saque passou a ocupar um papel mais agressivo no jogo. Uma vez que a evolução dos materiais das raquetes e das cordas, aliada ao preparo físico dos atletas, possibilitou que os saques ganhassem mais velocidade e efeito, como ressalta o empresário Sidnei Piva de Jesus. Isso mudou a dinâmica das partidas, tornando o serviço uma jogada relevante para o resultado.
Por que o saque se tornou uma das jogadas mais importantes?
Segundo Sidnei Piva de Jesus, o saque é a única jogada no tênis que depende exclusivamente do jogador, sem interferência do adversário. Isso permite total controle sobre a execução, dando margem para aplicar variações de velocidade, direção e efeito. Ou seja, em um esporte onde cada ponto pode ser crucial, ter um saque forte e bem colocado se traduz em vantagem direta na construção do jogo. Dessa forma, ele não apenas pode gerar aces, como também abrir espaços para a segunda bola ser atacada com mais facilidade.
Além disso, um bom saque serve como ferramenta de alívio em momentos de pressão, conforme alude o empresário Sidnei Piva de Jesus. Pois, quando o jogador está atrás no placar ou enfrentando break points, conseguir um ponto direto com o saque pode mudar completamente o rumo da partida. Por isso, muitos dos maiores campeões do tênis moderno desenvolveram saques confiáveis e imprevisíveis, capazes de vencer jogos mesmo nos momentos mais apertados.
Os elementos que tornam um saque eficiente
Para ser eficiente, o saque precisa reunir alguns elementos que vão além da força bruta. Abaixo, listamos os principais pontos que fazem de um saque uma jogada estratégica no tênis moderno:
- Variedade: alternar entre saques planos, com efeito e slice confunde o adversário e impede que ele antecipe a jogada.
- Colocação: direcionar o saque para diferentes zonas da quadra, aumentando a dificuldade de devolução.
- Ritmo: variar o tempo entre os saques pode quebrar a concentração do oponente.
- Regularidade: manter um bom aproveitamento de primeiros serviços ajuda a evitar pressões constantes no segundo saque.
- Leitura do adversário: perceber onde o rival tem mais dificuldades de devolução é uma vantagem valiosa.
No final, combinando esses fatores, o tenista consegue transformar seu saque em uma extensão da sua estratégia de jogo, controlando não só o início do ponto, mas também os desdobramentos que virão a seguir.
Dominando um dos princípios do tênis
Em conclusão, o saque moderno vai muito além de potência. Ele representa o equilíbrio entre técnica, estratégia e inteligência de jogo. Desse modo, grandes jogadores conseguem usá-lo como uma ferramenta para se impor, acelerar o ritmo ou mudar o rumo da partida quando necessário. Assim sendo, no tênis moderno, não basta apenas jogar bem: é preciso começar cada ponto com a melhor jogada possível, e isso começa com um saque preciso, potente e, acima de tudo, estratégico.
Autor: Nikita Cherkasov