A Shein, gigante chinesa de fast fashion, movimentou R$ 7,1 bilhões em produtos no mercado de moda on-line brasileiro em 2022, conforme uma pesquisa realizada pela Aster Capital.
O valor é mais do que o total combinado de diversos concorrentes de peso no varejo de moda tradicional.
A Renner teve R$ 1,5 bilhão movimentados, a Soma teve R$ 1,2 bilhão, a Arezzo, R$ 1 bilhão, e Guararapes/Riachuelo e C&A não chegaram a marca do bilhão: as empresas movimentaram R$ 619 milhões e R$ 511 milhões respectivamente.
O competidor da Shein é uma empresa é o Mercado Livre, um market place que não é muito associado com o universo da moda, mas mesmo assim transacionou R$ 6,5 bilhões no mercado.
Nos cinco primeiros lugares aparecem a Magazine Luiza, com R$ 3 bilhões movimentados, a Dafiti, com R$ 2,5 bilhões e a também chinesa Shopee, com R$ 2,1 bilhões.
Juntas, as empresas movimentaram cerca de R$ 21,2 bilhões no último ano.
Segundo o NeoFeed, se fizermos as contas, juntas, a dupla da liderança ganha de R$ 13,6 bilhões contra R$ 7,3 bilhões dos demais varejistas tradicionais (sem incluir Magazine Luiza e Shopee).
“Empresas como Renner, Guararapes e C&A têm um desafio pela frente por conta da situação de crédito e da Shein, que atende um público semelhante e tem uma força assustadora”, diz Rodrigo Nasser, sócio e managing partner da Aster Capital, para o NeoFeed.
Sua principal concorrente, a famosa Renner, teve suas ações rebaixadas de R$ 35 para R$ 25 em um relatório do Bank of America (BofA), que descobriu que, em 18 itens varejista de moda, os preços são 2,7 vezes maiores que os da Shein.