De acordo com a Dra. Gilmara Tomadoce, o alongamento é uma prática essencial para qualquer rotina de exercícios, ajudando a preparar o corpo para o esforço físico e a promover a recuperação muscular. No entanto, muitos praticantes de atividades físicas ainda subestimam sua importância e os efeitos que ele causa no desempenho esportivo. A fisiologia do alongamento revela impactos diretos na flexibilidade, circulação sanguínea e prevenção de lesões, tornando essa prática indispensável antes e depois do treino.
Mas qual a diferença entre o alongamento pré e pós-treino? Como cada tipo de alongamento influencia a musculatura e o rendimento? Saiba tudo a seguir!
O alongamento pré-treino melhora o desempenho?
Antes do treino, o alongamento atua na ativação muscular e na mobilidade articular, preparando o corpo para esforços mais intensos. A prática do alongamento dinâmico, que envolve movimentos controlados e repetitivos, contribui para o aumento da temperatura muscular e a melhora na circulação sanguínea, reduzindo a rigidez e aprimorando a amplitude dos movimentos. Isso resulta em uma melhor resposta neuromuscular e maior eficiência na execução dos exercícios.
Por outro lado, o alongamento estático antes do treino pode não ser a melhor escolha, pois sustentar a posição por longos períodos pode reduzir a força e a potência muscular temporariamente. Como destaca a fisioterapeuta Gilmara Tomadoce, esse tipo de alongamento pode causar um leve relaxamento muscular, diminuindo o desempenho em atividades que exigem explosão, como corridas e levantamentos de peso. Portanto, a escolha do tipo de alongamento deve estar alinhada ao objetivo do treino.
Como o alongamento pós-treino contribui para a recuperação?
Após o treino, os músculos passam por microlesões e um acúmulo de metabólitos que podem causar dores e rigidez. O alongamento pós-exercício tem o papel de auxiliar na recuperação muscular, melhorando o fluxo sanguíneo e facilitando a remoção de resíduos metabólicos, como o ácido lático. Isso reduz a sensação de fadiga e previne desconfortos musculares excessivos no dia seguinte.

Conforme informa a Dra. Gilmara Tomadoce, o alongamento estático, nesse momento, é altamente recomendado, pois ajuda a relaxar os músculos e a aumentar a flexibilidade ao longo do tempo. Além disso, a prática regular contribui para a reeducação postural e a prevenção de encurtamentos musculares, comuns em pessoas que treinam com intensidade sem um devido trabalho de mobilidade. Assim, o alongamento pós-treino se torna um aliado essencial para a longevidade esportiva.
O alongamento pode prevenir lesões?
A flexibilidade muscular desempenha um papel crucial na prevenção de lesões, pois permite que os músculos e articulações suportem melhor os impactos e tensões durante o treino. Quando os músculos estão encurtados ou rígidos, a mobilidade reduzida pode levar a compensações inadequadas nos movimentos, sobrecarregando articulações e aumentando o risco de distensões e rupturas musculares.
Segundo a Dra. Gilmara Tomadoce, o alongamento melhora a propriocepção, ou seja, a capacidade do corpo de perceber sua posição no espaço, o que contribui para um maior controle dos movimentos e uma execução mais segura dos exercícios. Combinado com uma rotina equilibrada de fortalecimento muscular e aquecimento adequado, o alongamento se torna uma ferramenta poderosa para minimizar lesões e garantir um desempenho mais eficiente e seguro.
Em resumo, a fisiologia do alongamento revela que essa prática vai muito além da simples melhora da flexibilidade, desempenhando um papel fundamental na preparação, recuperação e segurança muscular. Como evidencia a especialista Gilmara Tomadoce, para obter os melhores resultados, é essencial adaptar o tipo de alongamento ao momento certo, respeitando as necessidades do corpo e os objetivos do treino. Assim, é possível maximizar o desempenho esportivo e garantir uma musculatura saudável e funcional a longo prazo.